O Tempo e a Música




O Tempo e a Música
Thiago Rabay


A concepção comum do tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração. Por influência da teoria da relatividade, o tempo vem sendo considerado como uma quarta dimensão, usado hoje até na construção civil. Para os gregos o tempo recebia duas nomenclaturas, Chronos, termo para tempo sequencial, o qual podia ser medido, e Kairos, o tempo que não podia ser medido, apenas sentido, vivido.
Como música é uma coisa que não existe, não pode ser medida ou mensurada, a relação com o tempo está correlacionada a percepção e paciência do ouvinte, ouvir música é uma experiência metafísica. Só a música consegue trabalhar com a nossa limitada percepção consecutiva ao tempo, as outras arte que não estão ligadas ao movimento, podem ser abreviadas a uma imagem.
Claro que há a presença de Chronos na relação musical, seja na documentação fiel de uma partitura, ou o dizer em minutos paralelo ao nome da música fixado na contracapa de um disco, mas tanto a partitura quanto o calculo dos minutos não são a música.
Ouvir música é ser pego sempre de surpresas, não se pode dividir uma música em começo meio e fim, tanto que criamos até trejeitos para algumas partes de música, aquele forte refrão em que entra a banda toda vira um fechar dos olhos, aquele lindo quarteto que sobressai a orquestra é acompanhado de um balançar em pendulo do corpo, a cadência interrompida por uma pausa é um parar na respiração.
No início do século quando a tecnologia permitiu a reprodução de uma música sem a necessidade de músicos ou instrumentos, pois estava gravada, rompeu-se uma fronteira , apreciamos música de outrora, fazemos silêncio em minuetos, jantamos ao som de réquiens e não dançamos alguns boleros.
No inicio do século quando se podia apenas gravar um disco de goma-laca de 78 RPM, rotações por minuto, ou seja se tinha a limitação de cerca de 4 minutos por lado do disco havia obviamente a limitação (principalmente à música comercial) do arranjo a ser elaborado. Músicas da década de 50 raramente passam de 3 minutos, geralmente com um solo curto, muitas vezes metade do chorus, um bom exemplo é Tutti-Frutti na gravação de Elvis Presley em 1956. O surgimento do Long Play permitiu maior tempo gravação, cerca de 20 minutos por lado, o que tornou comum o lançamento de discos com 7 músicas por lado, por exemplo o 1º disco dos Beatles, Please, Please Me, de 1964.
Depois da primeira metade da década de 60 e com lançamento de discos como Freak Out, de Frank Zappa, Are You Experienced?, de Jimi Hendrix, Closed to the Edge, do Yes, The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd e com a presença do Sargento Pimenta1, cobrindo nossos corações solitários, os discos chamados conceituais, ou seja que eram pensados como uma obra só, e não uma porção de músicas reunidas, foram tornando-se mais presentes. As músicas nestes discos, tem uma estreita relação com outras faixas e com o álbum todo, mesmo tendo cada faixa sua independência.
Obviamente que este formato de trabalho musical seguiu para as apresentações ao vivo, o Isle Wight Festival de 1970, exemplifica. Para um público de 600,000 pessoas, Miles Davis tocou o Bitches Brew2 e Emerson, Lake and Palmer, misturaram, rock, sintetizadores e Bach3, em apresentações muito mais de vanguarda do que populista.
Este conceito espacial do disco e da música, continuou sendo explorado por toda a década de 70, atento me agora ao disco Tales From the Topografic Oceans, do Yes. Este um álbum duplo contendo apenas 4 músicas, uma em cada lado do LP. As músicas não tem refrão, ou se repete uma estrofe igualmente, os arranjos e a concepção do discos, estão mais voltados a um trabalho de proporções eruditas do que a roqueiras. Lançado em dezembro de 1973 alcançou o 1º lugar em vendas no Reino Unido, e o 6º nos Estados Unidos. Como muitas obras de compositores eruditos e destaco os romancistas, o Tales From the Topografic Oceans, exige concentração, atenção e variadas audições para se compreender e começar a cantar junto, pois não se para uma música no meio para ouvir o final depois.
A relação com este tipo de obra, abre nos a percepção a Kairos, à relação do tempo vivido, onde o que se passa, não são minutos ou obrigações pois se a elas estiver atento, não ouvirá a música, o que se passa, são temas, vozes, timbres e imagens no subconsciente.
A música na era da gravação, séc.XX, seguiu a evolução da tecnologia, a cada ano descobriu-se novas e melhores formas de captação do som, reprodução, masterização e divulgação. O caminho natural a se esperar da música é que continuaria a mudar sua maneira de trabalhar com o tempo. Com a constante evolução da tecnologia rompemos a limitação do tempo físico a um disco, não há nem a necessidade do físico, e o que se produz musicalmente ainda é o limitado material vinculado a um LP. Um grupo de câmara ou orquestra, poderia gravar e lançar obras semanalmente, como uma assinatura, obras de um compositor pouco gravado, ou uma pesquisa em andamento, em tempo real, um artista popular pode facilmente pré vender seu disco, um grupo instrumental pode vender seus solos semanais com a velocidade em que conseguem faze los.
A estagnação do formato tempo e música pode representar que ainda estamos em um mesmo período histórico, já que uma das características de diferentes escolas é a relação delas com a natureza, é comum por exemplo, escolas diferentes tratarem o uso do tempo, o uso de vozes simultâneas, e até a quantidade de notas, diferente da outra, uma escola usa suas técnicas até o limite e a escola seguinte busca outro caminho, outras técnicas outra relação com o tempo e a natureza, ao invés de seguir o mesmo caminho. Um exemplo: o classicismo para o barroco; e o cool jazz para o bebop.
Só a música consegue trabalhar com a nossa limitada percepção consecutiva ao tempo, as outras arte que não estão ligadas ao movimento, podem ser abreviadas a uma imagem. A concepção comum do tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração
Acredito que devamos buscar novas maneiras de trabalhar o tempo, já que não estamos mais limitados a um espaço físico, como uma sala de concerto, um palco, ou um disco, pois se a sociedade mostra nos novas maneiras de perceber o tempo, devemos também buscar entende-las.


1Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, disco dos Beatles de 1967.
2Bitches Brew, disco lançado por Miles Davis em 1969.
3Live At Isle Wight Festival, disco de Emerson, Lake and Palmer gravado em 1970, lançado em 1997.

Time and a Word


De 1970, segundo disco do Yes, com Chris Squire, baixo, John Anderson, Voz, Peter Banks, guitarra, Tony Kaye, teclado, Bill Bruford, bateria.

Pra quem está acustumado a ouvir o Fragile, ou o Closed to the Edge, encontrará no Time and a Word uma banda um pouco diferente.

O baixo marcante com o timbre caracteristico de Chis Squire é bem exposto na faixa de abertura No opportunity Necessary, No Experience Needed. A voz ainda imatura de John Anderson agrada em Sweet Dreams e Time and Word. Peter Banks não me surpreende, apesar de ter momentos solo no disco, mas pra quem está acostumado a ouvir Steve Howe, qualquer coisa é pouca. O teclado, como cama de timbres é bem feito neste disco por Tony Kaye.


Músicas:

01-No Opportunity Necessary, No Experience Needed

02-Then

03-Everydays

04-Sweet Dreams

05-The Prophet

06- clear Days

07-Astral Treveller

08-Time and a Word


Acabou Chorare



Em 72 o grupo Novos Baianos era formado por Moraes Moreira, voz e violão, Paulinho Boca de Cantor, voz e pandeiro, Baby Consuelo, voz e percussão, Pepeu Gomes, guitarra, craviola e violão, Dadi, baixo, Jorginho Gomes, bateria e cavaquinho, Baixinho, bateria, bongôs e surdo, Bolacha, bongôs e Galvão na composição das letras. Os arranjos são assinados por Pepeu e Moraes, e a produção por Eustáquio Sena.
Interessante notar a capa do Acabou Chorare uma mesa suja de farinha onde espalham-se copos de plástico, pratos, talheres, panelas e um bule, que espontânea ou preparada, a foto demonstra bem a sonoridade do grupo, de despojamento e descontração, que morava junto num apartamento no Rio de Janeiro.
A brasilidade ao violão é a principal marca do disco, tendo em suas bases e introduções a levada solo como genitora, as canções Brasil Pandeiro, Swing de Campo Grande e Acabou Chorare demostram isso.
Brasil Pandeiro de Assis Valente abre o disco sendo a única regravação, todo o restante do álbum é autoral. Numa levada simples mas bem brasileira ao violão, dividida entre os destros dedos rítmicos e o polegar de Moraes. A letra é um manifesto provocativo à esquentar nossos pandeiros e iluminar nossos terreiros, também é a única em que os três cantores dividem a letra, todas as outras músicas são cantadas por apenas um de cada vez. Destaco o uso pontual e bem colocado dos contrapontos do regional, bandolim e cavaquinho, a partir da 2ª estrofe com linhas melódicas extensas cobrindo toda a estrofe sem se repetir, dando em momentos reforço ''ao molho da baiana'' e em momentos convencionando fora da letra, sem exagerar, mas criando interessante material sonoro.
A Pink Floydiana Preta Pretinha com dois acordes invertidos, G/B e D/F#, segura toda a primeira parte da música e são base de um dos mais importantes solos de Pepeu no disco. A entrada da percussão demostra apenas que a canção, tem muito ainda a dizer, apesar de repetir toda a 1ª estrofe. O coro repetindo a convidativa frase em que Moraes canta ''Abre a porta e a janela e vêm ver o sol nascer'', da música Cana Verde de Tônico e Tinoco, toma e encaminha a canção a um clima de roda.
O disco destaca-se também pelo seu lado guitarra-baixo-batera. No sambaião Tinindo,Trincando, a sincopada frase do baixo conduz a música até o refrão que surpreende com uma convenção sobre outra. Mistério do Planeta e A Menina Dança mesclam o lado acústico e elétrico, ambas com a letra do poeta Galvão, e com solos de guitarra tocados a maneira que nenhum Jimmy faria.
Jorginho Gomes compôs a única faixa instrumental, marca que seguiu grupo em todos os posteriores discos. O baião Um Bilhete para Didi, com o simples tema I e V arpejado ao cavaquinho, se enche de graça adolescente com a entrada acelerada da bateria e da guitarra. O baixo de Dadi não oferece um simples acompanhamento, numa linha em arpejos com um timbre limpo e marcado, que o caracterizou, principalmente na fase instrumental do grupo A Cor do Som.
Apesar da base do disco ser a voz e o violão, o grupo demostra ineditismo nos arranjos com o regional e com a banda elétrica, seguem a tradição de nossos gilbertos, seja o João, pelo seu lado sereno e bem claro, ou seja o Gil, pela sua peculiar maneira de assimilar as influências estrangeiras, como ambos frequentavam o apartamento em que o grupo morava fica impossível, interessante e irrelevante, dizer quem influenciou mais quem. Mas não há dúvidas de que Acabou Chorare é um Expresso Cheio de Saudade.


Músicas:
01-Brasil pandeiro
02-Preta Pretinha
03-Tinindo, Trincando
04- Swing de Campo Grande
05-Acabou Chorare
06- Mistério do Planeta
07-A Menina Dança
08-Besta é Tu
09-Um Bilhete para Didi

Mother´s Finest Live


Ta ai uma as melhores bandas de funk rock que ja ouvi, tendo todo o consagrado uso de vocais gospel, alinhados a guitarras distorcidas, teclados e sintetizadores, alem do baixo pulsante e a bateria bem a la Bohan, eles não se intimidam em tocar temas do Led Zeppelin, e Jefferson Airplane, alem de suas fantásticas músicas setentistas como Baby Love.
Confira.

Mother´s Finest Live 1979

Músicas:

01-Somebody to Love
02-Fire
03-Mickeys Monkey
04-Give you all That Love
05-Baby Love
06-Magic Carpet Ride
07-Love Changes
08-Watch my Stiling
09-Don´t wanna Come Back

Download: http://www.mediafire.com/download/b6wwuux4989fqm4/MothersFinest-Live.rar

Clara Crocodilo


Clara Crocodilo 1980


Músicas:

01 Acapulco drive-in (Paulo Barnabé - Otávio Fialho - Arrigo Barnabé)
02 Orgasmo total (Arrigo Barnabé)
03 Diversões eletrônicas (Regina Porto - Arrigo Barnabé)
04 Sabor de veneno (Arrigo Barnabé)
05 Infortúnio (Arrigo Barnabé)
06 Office-boy (Arrigo Barnabé)
07 Clara Crocodilo (Mário Lúcio Côrtes - Arrigo Barnabé)
08 Instante (Arrigo Barnabé)

Refazenda




Primeiro álbum da trilogia "re" do Gil (Refazenda, Refavela e Realce), esse disco mostra o compositor transcendendo o tropicalismo e criando um estilo próprio que mistura as influências do pop rock britânico de quando Gil esteve exilado e a música de raiz nordestina.
O álbum conta também com a parceria do acordeão de Dominguinhos que mantém a presença do baião mesmo nas faixas mais puxadas para o rock.
Temáticamente, Refazenda, como sugere o título, é repleto de referências ao sertanejo que tenta a vida em uma grande cidade.

01 Ela
02 Tenho Sede
03 Refazenda
04 Pai e Mãe
05 Jeca Total
06 Essa é Pra Tocar No Rádio
07 Ê, Povo, Ê
08 Retiros Espirituais
09 O Rouxinol
10 Lamento Sertanejo
11 Meditação

Gilberto Gil: Violão e Phase Guitar
Dominguinhos: Acordeão
Moacyr Albuquerque: Contrabaixo
Chiquinho Azevedo: Bateria




Fonte: Blog Sambazul

Hermeto Pascoal Ao vivo em Montreux



Talvez Hermeto Pascoal seja o maior expoente do jazz brasileiro pelo mundo. Tocando o chamado baião-jazz, ou forró-jazz, ou rock progressivo brasileiro-jazz, enfim o hermeto-jazz ele se destacou principalmente nas décadas passadas levando toda a mistura de ritmos brasileiros ao quase intransponível jazz, tornando mais atrativo (e verde-amarelo) esse estilo tão consagrado. Hermeto que faz de vacas instrumentos invés de comida, foi ovacionado pelo público suiço que em estado de extase deixou a sensação que o show cá postado foi o melhor da edição de 1979. Destaco a música Montreux, que reza a lenda foi escrita no hotel em que eles estavam na manhã do concerto, tornando ela intensa como o ritmo da cidade que sedia um dos maiores festivais de música do século.

Submit:
Hermeto Pascoal is perhaps the greatest exponent of Brazilian jazz in the world. Playing the baião-jazz called, or forró-jazz, Brazilian progressive rock or jazz, jazz-Hermeto finallyhe excelled especially in the decades leading the whole mix of Brazilian rhythms to jazz almost impassable, making it more attractive (and green-yellow) that style so pious.Hermeto cows that makes instruments instead of food, brought the house in Swiss state of ecstasy that left the impression that the show was posted here the best of the 1979 edition. Montreux highlight the music, which according to legend was written in the hotel where they were on the morning of the concert, making it as intense as the pace of the city that hosts one of the biggest music festivals of the century.

Lista de músicas:
1. Pintando o Sete
2. Forró em Santo André
3. Remelexo
4. Bem Vinda
5. Sax e Aplausos
6. Lagoa da Canoa
7. Fátima
8. Terra Verde
9. Maturi
10. Quebrando Tudo
11. Nilza
12. Forró Brasil
13. Montreux
14. Voltando ao Palco
15. E Adeus


Fonte: Blog Rockpolar

Construção



Construção 1971


Músicas:

01. Deus Lhe Pague
02. Cotidiano
03. Desalento
04. Construção
05. Cordão
06. Olha Maria
07. Samba de Orly
08. Valsinha
09. Minha História (Gesubambino)
10. Acalanto

Paulinho da viola


Também de 1971

Músicas:

1 Perder e ganhar
2 Sol e pedra
3 Dona Santina e Seu Antenor
4 Para um amor no Recife
5 Mal de amor
6 Depois da vida
7 Moemá morenou
8 Óculos escuros
9 Cuidado, teu orgulho te mata
10 Lenço
11 O acaso não tem pressa
12 Um certo dia para
13 Fotos e Fatos/Simplesmente Maria
14 Fotos e fatos


Paulinho da Viola

Paulinho da Viola 1971.


A voz doce e inconfundível.


Outro morador do Jardim do Solar, vizinho da porta da frente de Caetano.


Músicas:
01 Num Samba curto
02- Pressentimento
03-Pra ver as meninas
04- nNas ondas da Noite
05-Filosofia do Samba
06-Consumir é viver
07-Lapa em três Tempos
08-Coração
09-Minha vez de sorrir
10-Reclamação
11-Abraçando Chico Soares
12-Vinhos finos...cristais


Download: http://www.4shared.com/rar/RTRBQALu/Paulinho_da_Viola_-_1971_.htm

Zé Ramalho


Zé Ramalho 1978


É o primeiro disco solo do grande Zé Ramalho, um must para quem aprecia psicodelismo com toques regionais – ou música regional com toques psicodélicos. É um disco em que mundos se encontram. Em "Avôhai" (feita em homenagem ao avô que o criou após seu pai morrer afogado num açude), os sintetizadores do suíço Patrick Moraz e um arranjo sensacional de baixo, que alias está no disco todo, convivem com uma típica viola nordestina e uma citara indiana. Em "A Dança das Borboletas" (parceria com Alceu Valença), o convidado Sérgio Dias ganhou três dos oito canais da mesa de som para gravar um apoteótico solo sobreposto, um grande momento do psicodelismo brasileiro.


1. Avôhai
2. Vila do Sossego
3. Chão de Giz
4. A Noite Preta
5. A Dança das Borboletas
6. Bicho de 7 Cabeças
7. Adeus Segunda-Feira Cinzenta
8. Meninas de Albarã
9. Voa, Voa
10 - Avôhai (voz e violão) (bonus track)
11 - Chão de giz (voz e violão) (bonus track)
12 - Bicho de 7 cabeças (voz e violão) (bonus)
13 - Vila do sossêgo (voz e violão) (bonus)
14 - Ratos de porto (voz e violão) (bonus)


Tropicália ou Panis et Circencis



Tropicália ou Panis et Circencis-1968

Os Mutantes, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Torquato Neto, Nara Leão, Tom Zé, Rogério Duprat, Gal Costa.


Músicas:

1. Miserere Nóbis
2. Coração Materno
3. Panis Et Circenses
4. Lindonéia
5. Parque Industrial
6. Geléia Geral
7. Baby
8. Três Caravelas (Las Três Carabelas)
9. Equanto Seu Lobo Não Vem
10. Mamãe, Coragem
11. Bat Macumba
12. Hino do Senhor do Bonfim

Tropicália ou Panis et circencis - Ficha técnica
Arranjos e regência Rogério DupratProdução Manuel BarenbeinTécnico de gravação: EstélioEstúdio: RGE, SPPeríodo de gravação: maio de 1968

Download: http://www.4shared.com/rar/5zJQ3WAC/_1969__tropiclia_ou_panis_et_c.html

             http://www.easy-share.com/1909363576/1968_Tropicalia_ou_Panis_Et_Circenses.zip

Tropicália ou Panis et circencis- Texto de contracapa

Duprat: A música não existe mais. Entretanto sinto que é necessário criar algo novo. Já não me interessa o municipal, nem a queda do municipal, nem a destruição do municipal. Mas a vocês , mal saídos do borralho, vocês baianos, terão coragem de se preocupar comigo? Terão coragem de fuçar o chão do real? Como receberão a notícia de que o disco é feito para vender? Com que olhar verão um jovem paulista nascido na época de Celly Campelo e que desconhece Aracy, Caymmi e Cia? Terão coragem para reconhecer que este jovem tem muita coisa para lhes ensinar...- Sabem vocês o risco que correm? Terão mesmo coragem de saber que só desvencilhando-se do conhecimento atual que tem das formas puras do passado é que poderão reencontrá-las na sua verdade mais profunda? Por acaso entendem alguma coisa do que eu estou dizendo? Baianos repondam...

Gil: O Brasil é o país do futuro.
Caetano: Este gênero está caindo de moda.
Capinan: No Brasil e lá fora: nem ideologia , nem futuro.
Torquato: Será que o Câmara Cascudo vai pensar que nós estamos querendo dizer que o ‘bumba-meu-boi’ e ‘iêiêiê’ são a mesma coisa?
Nara: Pois é: as pessoas se perdem nas ruas e não sabem ler. Consultam consultórios sentimentais e querem ser miss Brasil... e se perdem.
Os Mutantes: E aquela distorção dá a idéia de que a guitarra tem um som contínuo...a até a boutique dos Beatles se chama ‘a maçã’...
João Gilberto: (Em NY conversando com A.Campos). Diga que eu estou aqui, olhando pra eles.

Text cover

Duprat: The music does not exist. However I feel it is necessary to create something new. I no longer care what city or the fall of the city, nor the destruction of the city. But you, barely out of the ashes, Bahia you will have the courage to care about me? Have the courage to tweak the ground of reality? How to receive the news that the disc is made to sell? With a summer to look young born at the time of São Paulo Celly Campelo and unknown Aracy, Caymmi and Co.? Have the courage to recognize that this young man has much to teach them ...- you know the risk they face? They even know that only the courage to shake off that has current knowledge of the pure forms of the past is that they can find them again in your deeper truth? Incidentally understand something of what I'm saying? Bahia replacing ...

Gil: Brazil is the country's future.
Caetano: This genre is falling from fashion.
Capinan: In Brazil and abroad: neither ideology nor future.
Torquato: Does Cascudo will think we are saying that the "Bumba-meu-boi 'and' iêiêiê 'are the same thing?
Nara: That's right: people get lost in the streets and not read. Consult consulting sentimental and want to be Miss Brazil ... and lost.
Os Mutantes: And that distortion of the idea that the guitar has a continuous tone to the boutique ... the Beatles called 'apple' ...
Joao Gilberto (In New York talking to A. Campos). Say I'm here looking for them.

para mais informações visite/for more information: http://www.tropicalia.com.br/

Qualquer Coisa


A outra metade de Jóia


Qualquer Coisa 1975
Músicas:

1 Qualquer Coisa
2 Da Maior importância
3 Samba e Amor
4 Madrugada e Amor
5 A Tua Presença Morena
6 Drume Negrinha
7 Jorge da Capadócia
8 Eleanor Rigby
9 For no one
10 Lady madonna
11 La flor de la Canela
12 Nicinha



Ficha técnica original
Direção de produção: Caetano Veloso e Perinho Albuquerque
Técnicos de gravação: João Moreira e Luigi
Assistentes de gravação: Paulo "Chocolate" Sérgio e José Guilherme
Montagem: Jairo Gualberto
Mixagem: João Moreira
Corte: Joaquim Figueira
Capa e fotos: Rogério Duarte, Caetano Veloso e João Castrioto
Ficha técnica Qualquer Coisa para o projeto Todo Caetano / 2002
Produção Universal MusicProjeto e reedição dirigidos por Charles Gavin
Supervisionado por Caetano Veloso
Qualquer Coisa foi originalmente gravado em 8 canais e lançado em Long Play (LP) no ano de 1975
Remixado por Edu Costa no AR Studios, Rio de Janeiro, setembro de 2002
Assistentes de estúdio: Theo Mares, Leo Moreira e Fernando Fishgold
Masterizado por Ricardo Garcia no Magic Master, Rio de Janeiro, setembro de 2002
Editado por Mauro Bianchi, Guilherme Calicchio, Sérgio Chataigner e Nelson Nuccini
Direção artística: Max PierreDireção de marketing estratégico: José Celso Guida
Arquivo de tapes: William Tardelli
Gerência artística: Ricardo Moreira
Restauração, adaptação e rediagramação das capas e dos encartes originais dos LPs: Pós Imagem Design
Revisão: Dani Dias
Coordenação gráfica: Gê Alves Pinto e Geysa Adnet

Agradecimentos: Fátima Guimarães, William Tardelli e Marcelo Castelo Branco



Qualquer coisaPolygram
Manifesto do Movimento Qualquer coisa
Caetano Veloso
I nada de novo sob a sol. mas sob o sol.
II evitar qualquer coisa que não seja qualquer coisa.
III cantar muito
IV soltar os demônios contra o sexo dos anjos
V a subliteratura. a subliteratura e a superliteratura. e até mesmo a literatura.
VI por que não.
VII jazz carioca. samba paulista. rock baiano. baião mineiro.
VIII jazz carioca feito por mineiros. samba paulista feito por baianos. baião mineiro feito por cariocas. rock baiano feito por paulistas.
IX e até mesmo a música, por que não.
X mas sob o sol.
XI a década e a eternidade, o século e o momento, o minuto e a história.
XII exemplos: a obra de jorge mautner. a pessoa de donato, o papo de gil, o significante em maria bethânia. o significado em elis regina. baiano e os novos caetanos etc.
XIII fama e cama. sempre de novo deitar e criar.
XIV salvador dali no fantástico.
XV o show da vida.
XVI bob dylan live.
XVII qualquer coisa é radicalmente contra os radicalismos e, paradoxalmente, considera ridículo tal paradoxo, ridiculamente não vê nenhum paradoxo nisso. decididamente a favor do advérbio de modo.
XVIII a televisão está melhor do que o carnaval. insistir no carnaval.
XIX e de novo sob o sol. e sempre

Fonte: www.caetanoveloso.com.br





Download: http://www.4shared.com/rar/USp7Van0/Caetano_Veloso_-_Qualquer_Cois.html

Jóia



Jóia 1975

Músicas

1-minha mulher
2-gua
3-pelos olhos
4-asa, asa
5-lua, lua, lua, lua
6-canto do povo de um lugar
7-pipoca moderna
8-jóia
9-help
10-gravidade
11-tudo tudo tudo
12-na asa do vento
13-escapulário


Ficha técnica original
Direção de produção: Caetano Veloso e Perinho Albuquerque
Técnicos de gravação: João Moreira e Luigi
Assistentes de gravação: Paulo "Chocolate" Sérgio e José Guilherme
Montagem: Jairo Gualberto
Mixagem: João Moreira
Corte: Joaquim Figueira
Capa: Caetano Veloso e Aldo Luiz
Foto: João Castrioto


Manifesto do Movimento Jóia

Caetano Veloso

respeito contrito à idéia de inspiração. alegria. saber a calma para ir perder a pressa para estar. inspiração quer dizer: todo esforço em direção a esforço nenhum, nenhum esforço em direção a todo esforço em direção a esforço nenhum. todo esforço em direção a nenhum esforço em direção a todo esforço em direção a nenhum. todo esforço em direção a nenhum esforço em direção a todo esforço em direção a nenhum esforço em direção ao todo.


nenhum círculo é vicioso a ponto de impossibilitar o verde, o aparecimento do verde, a esperança do aparecimento do verde, escrevo livre da insensatez azul e do equilíbrio amarelo.


respeito contrito à idéia de inspiração. jóia. meu carro é vermelho. inspiração quer dizer: estar cuidadosamente entregue ao projeto de uma música posta contra aqueles que falam em termos de década e esquecem o minuto e o milênio.


inspiração: águas de março.


o sexo dos anjos. e não fazemos por menos.

Sobre: Pipoca Moderna

Caetano Veloso

Em 67 Gil passou um tempo no Recife. De lá ele trouxe o pique para o tropicalismo. Em principalmente uma fita cassete com o som da banda de pífaros de Caruaru. Desde então, a pipoca moderna ficou em nossa cabeça, alguma coisa transando entre ou neurônios, umas joiazinhas de iluminação. De lá até aqui não perdi a esperança. Esses anos. Eu quero cantar palavras cantáveis, encontrar palavras cantáveis eu amo a arte de João Gilberto. Em 72, Gil colocou uma gravação da pipoca moderna na primeira faixa do LP que ele fez naquele ano. Nós não perdemos nunca a esperança. Eu venho tentando me abandonar às palavras cantáveis, ocultas aqui ali, desvelar algumas, desvelar-me para elas. Venho sonhando com um canto que seja o som como a visão do visionário. Qual é a da música, afinal? Essas palavras por causa da pipoca dos pífaros merecem meu amor. Não são a realização do meu sonho, mas a prova de que é um bom sonho, esse. Eu estava na varanda de casa na Bahia e Marquinhos Rebucetê mostrou no céu aquela luz que surgiu e cresceu e me meteu medo muito medo e Dedé ficou toda inteira e Márcia ficou tão feliz e tem uma hora que eu agradeço a Deus porque depois vieram as palavras desse canto em mim e talvez seja esse o modo pelo qual meu medo se redime e eu não me perco. Depois de cantar a pipoca moderna eu fiquei inteiro como Dedé e feliz como Márcia e fui o primeiro a ver como Marquinhos Rebucetê. Fui o primeiro a ver essa pergunta luminosa inscrita no céu da boca de quem cante e outro dia Jorge Salomão falou alguma coisa como o "jeca total". Sou feliz na pipoca desse canto e isso é muito firme. Estou inteiro quando há esse canto da pipoca moderna. Eis.

Sobre: Tudo tudo tudo

Caetano Veloso

Devia ser escrito assim:mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmar,como foi cantado pra ninar Moreno. De algum modo deviam ir surgindo embriões de sílabas até o que finalmente é o texto ganhar forma. Mas não foi escrito nem assim nem assado. Está sendo agora copiado pra que se também pra que se também leia. São bonitas essas músicas onde não há composição contando o que de fato se passou. Só Moreno conhece. O número de repetições é até ele dormir ou ficar de saco cheio de tentar e desistir. O acalanto é uma forma de música muito útil.

Sobre: Gua

Caetano Veloso

A pessoa que sabe me disse que o meu orixá é ibu-alama. A pessoa que sabe é muito bonita. Essa sílaba ‘gua’ surgiu tantas vezes seguidas e de tal medo se comportou como núcleo desse átomo que eu pensei que ela erra o jeito de se expressar o que eu não sei explicar da relação mítica entre ibu-alama e a água, as águas. Os lugares que eu amo – guamá-belém, iguape-pedrinho-baía de todos os santos, recôncavo de santo amaro, – são elementos qualquer coisa íntimos, desses que só eu sei e tudo é ritmo, tudo é inútil e não deveriamos temer coisa alguma

Contracapa do disco – Jóia 1975


A outra metade é Qualquer Coisa



Depoimento à Marcia Cezimbra

Caetano Veloso

Ia ser um álbum duplo, porque eu tinha muito material. Aí resolvi fazer dois discos, cada um com um título. O Jóia era a minha relação com o trabalho limpo, pequenas peças bem acabadas, com a liberdade de Araçá Azul. Não tem nem bateria no Jóia, um instrumento do qual eu não gostava. Cada faixa era uma jóia. Qualquer coisa era o vale tudo, bateria, confusão. O manifesto do Jóia e o manifesto do Qualquer Coisa, lidos juntos, tem um batimento engraçado. O Jóia foi o único que reouvi em CD. Soa tão bonito... Adoro o silêncio do CD. Gosto de Na Asa do Vento e em Minha Mulher é maravilhoso o relaxamento meu e de Gil ao violão, que não encontro em outra faixa de Jóia. Qualquer Coisa é que era relaxado. Gosto da faixa Qualquer Coisa, mas na gravação a canção ficou presa. O Roberto Carlos reclamou que eu não tinha dado pra ele Qualquer Coisa. Devia ter dado. Ia cantar tão lindo, tão profissional. É curioso. A letra mais abstrata do Brasil, cheia de referências, um título de filme de Rogério Sganzerla, todo mundo cantou. Qualquer Coisa vendeu muito mais que Jóia. Uma coisa assim de 60.000 contra 30.000

Jornal do Brasil – 16/05/91


Trem Caipira


Trem Caipira 1985


Egberto Gismonti é um dos grandes virtuoses da música popular brasileira, tendo estudado piano, violão, clarinete, flauta e música dodecafônica, além de flertar com os mais diversos estilos: do jazz à música erudita contemporânea à música eletrônica.Em Trem Caipira, Egberto recria composições de Heitor Villa-Lobos buscando, mais do que apenas interpretá-las a sua maneira, inseri-las num contexto diferente, experimentando com diversos estilos e instrumentos.A instrumentação inclui samples, 13 tipos diferentes de sintetizadores, instrumentos regionais, flauta, sax, violoncelo (pelo grande Jacques Morelembaum) e uma orquestra. Destaque para o quase synthpop de Cantiga e para as belíssimas interpretações de Bachiana No.5 e Prelúdio.


01 O Trenzinho Do Caipira
02 Dansa
03 Bachiana No.5
04 Desejo
05 Cantiga
06 Canção do Carreiro
07 Prelúdio
08 Pobre Cega

Nivaldo Correa – Saxofone Soprano
Bernard Wistraete – Flautas
Jacques Morelembaum – Violoncelo
Gungao – Kalimba
Pita Filomena – Assoviador
Alexandre do Bico – Flautinha do Chaplin
Ge Mima – Xilofone
Bibi Roca – Bateria
Orquestra Transarmonica D’Amla de Omrac

Fonte: blog Sambazul

João Bosco Acústico




Acústico 1992

                    Poucos músicos no mundo conseguem desenvolver uma real independência da mão esquerda, o senso rítmico de João Bosco é uma aula para qualquer músico e apreciador.
Neste disco, sozinho João Bosco desenvolve suas músicas sempre em frentes, o violão, a percussão, e a voz, todos de forma independente e dialogando entre si. Não posso deixar de falar da rica poética das canções letradas por Aldir Blanc, como Quilombo e Tiro de Misericórdia.
A abertura Odilê, Odila/Zona de Fronteira, merece uma audição a parte do disco pois sintetiza toda a crítica acima.

Músicas:

01-Odilê, Odilá/Zona de Fronteira
02- Holofotes
03- Papel Marchê
04- Granito/Jade
05- Quilombo/Tiro de misericórdia
06- Memória da Pele
07- E então que quereis.../Corsário
08- Eleanor Rigby/Fita Amarela/Tre

Briliant Corners


Músicas:


Brilliant Corners
Ba-lue Bolivar Ba-lues-are
Pannonica
I Surrender, Dear
Bemsha Swing


The Atomic Mr. Basie




Músicas:

Kid from Red Bank
Duet
After Supper
Flight of the Foo Birds
Double-O
Teddy the Toad
Whirlybird
Midnite Blue
Splanky
Fantail
Lil’ Darlin’

Getz Gilberto 1964


Getz-Gilberto 1963

Disco antológico gravado logo após o disco "chega de saudade" de Jõao Gilberto. Tendo nada mais que Stan Getz e João Gilberto

Músicas:
The Girl from Ipanema
Doralice
Para Machucar Meu Coração
Desafinado
Corcovado
Só Danço Samba
O Grande Amor
Vivo Sonhando
The Girl from Ipanema
Corcovado
Stan Getz And João



Survival


Survival 1971

Versão remasterizada 2002

Músicas:

01 Country Road
02 All you've got is Money
03 Comfort Me
04 Feelin'all Right
05 I Want Freedom
06 I can't feel him in the morning
07 Gimme shelter
08 I can't get along with society 2002 remix
09 Jam Footstompim music
10 Country road-unidited original version
11 All you've got is money-unedited original version
12 Feelin'all right-unedited original version

Closer to Home


Lembro quando baixei este disco, foi só pela data de lançamento, 1970, nem conhecia a banda, foi um dos melhores achados de minha vida, a pegada pesada de blues/soul deles com os vocais de Mark e Don são apaixonantes para fãs de rock. A abertura do disco com o violão engana, parece mais um popzinho, mas quando entra a guitarra Fuzz em estéreo e o peso do baixo vê- e logo que não se tratam de amadores. Encontrei esta versão remasterizada e disponibilizo-a pois tem a versão de estúdio de I'm your Captain/ Closer To Home, que só conhecia do ao vivo, que aliás, fantástica.

1970 Closer To Home, remasterizada 2002

Músicas:

01 Sins A Good Mans Brother
02 Aimless Lady
03 Nothing Is The Same
04 Mean Mistreater
05 Get It Together
06 I Dont Have To Sing The Blues
07 Hooked On Love
08 Im Your Captain/Closer To Home
09 Mean Mistreater (Alternate Mix)

10 In Need (Live in Orlando)
11 Heartbreaker (Live in Orlando)
12 Mean Mistreater (Live in Orlando)

Download: http://www12.zippyshare.com/v/21276757/file.html

Mardi Grass


(1972) Mardi Grass

01 - Lookin' for a Reason
02 - Take It Like a Friend
03 - Need Someone to Hold
04 - Tearin' Up the Country
05 - Someday Never Comes
06 - What Are You Gonna Do?
07 - Sail Away
08 - Hello Mary Lou
09 - Door to Door
10 - Sweet Hitch-Hiker
Fonte Blog Dream out Loud

Pendulum


(1970) Pendulum
Este é o 6º disco da banda e constitue numa evolução dos melhores elementos explorados por eles, ou seja, um rock simples e direto, com influências de Blues, country, soul e R&B, os solos longos reaparecem e apresentam uma evolução da cozinha, que surpreende em Pagan baby e Born To Move, não ficando simplesmente numa base constante, mas indo junto com o solista. Os vocais em coro continuam, e claro a voz principal de John ainda brilha.

01 - Pagan Baby
02 - Sailor's Lament
03 - Chameleon
04 - Have You Ever Seen the Rain?
05 - (Wish I Coud) Hideway
06 - Born to Move
07 - Hey Tonight
08 - It's Just a Thought
09 - Molina
10 - Rude Awakening #2
Fonte Blog Dream Out Loud

Cosmo's Factory


(1970) Cosmo's Factory

01 - Ramble Tamble
02 - Before You Accuse Me
03 - Travelin' Band
04 - Ooby Dooby
05 - Lookin' Out My Back Door
06 - Run Through the Jungle
07 - Up Around the Bend
08 - My Baby Left Me
09 - Who'll Stop the Rain
10 - I Heard It Through the Grapevine
11 - Long as I Can See the Light
Fonte: Blog Dream out Loud

Wlly and the Poor Boys



(1969) Willy and the Poor Boys
Crescentemente o Creedence neste 4º disco desenvolve-se em composição técnica e arranjo. Com o fraseado constante Down on the Corner (o mairo sucesso deles até 69) e as vozes mostram bem a sofisticação, aliás que se destacam também em Cotton Fields, Midnight Special e Feeling Blue com toda a pegada rock. a primeira música instrumental também aparece com Poorboy Shuffle e Sign o'the Road que parecem mais uma introdução que nunca termina. Fortunate Son alcançou tamanho sucesso pela crítica que dizem foi ouvida até ao Front no Viétnã. Dont Look' Now me soa tributo a Elvis Presley.
Músicas:
01 - Down on the Corner
02 - It Came Out of the Sky
03 - Cotton Fields
04 - Poorboy Shuffle
05 - Feelin' Blue
06 - Fortunate Son
07 - Don't Look Now
08 - The Midnight Special
09 - Sign o' the Road
10 - Effigy
Fonte: Blog dream out loud

Green River



(1969) Green River 3º disco
Este disco perante os outros dois mostra-se mais country, com o baixo mais destacado, como em Cross-Tie walker, e com mais frases e convenções um bom exemplo é o country Commotion. A balada Wrote a Song for Everyone é a 1ª de muitas do grupo para se ouvir sozinho no carro com o vidro aberto e o som no ultimo, cantando tudo desafinado e em embromacion, porém imitando o sotaque de interior, o solo quase todo em doble stopim também foi bem executado. e novamnte a música que fecha o disco é totalmente pra cima, e aqui uma regravação do Genius Ray Charles.

01 - Green River
02 - Commotion
03 - Tombstone Shadow
04 - Wrote a Song for Everyone
05 - Bad Moon Rising
06 - Lodi
07 - Cross-Tie Walker
08 - Sinister Purpose
09 - The Night Time Is the Right Time

Creedence Clearwater Revival



De 1968 1º Disco de Creedence Clearwater Revival
O Rufo da caixa, a frase descendente e um forte vibrato na guitarra, a base repetitiva mas não monótona, seguida da voz rasgada abrem o 1º disco do Creedence, e afirmo vai te enfeitiçar.
Este é o disco mais blues entre todos mas a pegada inconfundível não falta, Ninety-Nine and a Half exemplifica bem isto, a base constante e tocada toda com ataques palhetados para baixo, nem rápido, nem lento, e a voz toda expressiva e gritada tempera com pimenta a canção.
Quem esta acustumado a ouvir o Creeedence nas rádios vai se surpreender com a quantidade de solos que tem este disco, basta ouvir Suzie Q e seus 8 minutos. Só o que me incomoda um pouco é a mixagem ficando uma guitrra toda de um lado, e outra toda de outro, pra não falar no baixo e na bateria, mas ainda é 1968 e tinham 4 canais para gravação.
Porterville pelas vozes e Walk on the Water pelo solo de guitarra me lembram a Big Brother and Holding Company, parceiros de muitos shows deste periodo.
Músicas:
01 - I Put a Spell on You
02 - The Working Man
03 - Suzie Q
04 - Ninety-Nine and a Half (Won't Do)
05 - Get Down Woman
06 - Porterville
07 - Gloomy
08 - Walk on the Water

Download: http://www.4shared.com/file/Q5r-bzFl/_1968__Creedence_Clearwater_Re.html

Bayou Country



De 1969 o 2º disco da banda de San Francisco, Creedence Clearwater Revival.
Com a mesma pegada inconfundível o Creedence me conquistou com a 1ª música deste albúm Born on the Bayou, é impossível ficar sem bater o pé ou mexer a cabeça para frente e para trás ao ouvir seus primeiros compassos, e tenho certeza quando John entra cantando muita gente deve ja ter dito:"Bom, hein!", como ja falaram em minha frente. Destaco a versão para Good Gooly Miss Mooly, clássico da década de 50, e pela letra Proud Mary. Também como no disco de estréia, a ultima faixa, Keep on Chooglin' é a maior, e com mais solos, cheia de pegada e vocal rasgado.


Músicas:
01 - Born on the Bayou
02 - Bootleg
03 - Graveyard Train
04 - Good Golly Miss Molly
05 - Penthouse Paper
06 - Proud Mary
07 - Keep On Chooglin'

Imaginary Day


Este é 12º álbum da "Pat Metheny Group", lançado em outrubro de 1997 pela Warner e é o primeiro por esta gravadora. Foi Gravado em NY no estudio "Right Track Recording" na primavera de 1997, ganhou o Grammy de 1999 de melhor álbum de jazz contemporâneo. O núcleo principal da banda de Pat conta com o tecladista Lyle Mays, o baixista Steve Rodby e o baterista Paul Wertico. E como em dois discos anteriores, o quarteto é acompanhado pelos cantores/multi-instrumentistas Ledford Mark e David Blamires.

O disco se inclina fortemente na direção da "world fusion ou "new age", recorrendo a uma variedade de influências musicais. A música da Indonésia foi uma destas referências, com o gamelão balinês aparecendo nas faixas "imaginary day" e "into de dream". "The heat of the day" tem citações da musica popular iraniana e na faixa "the awakening" o álbum termina com melodias irlandesas. A musica "the roots of coincidence" mostra o primeiro trabalho do grupo no estilo rock industrial e por esta faixa o grupo ganhou também um grammy de melhor performance de rock instrumental. Outro destaque é a faixa "folow me" em que a melodia principal é construida utilizando-se de harmônicos naturais da guitarra.

Imaginary day foi pensado como um álbum a ser apreciado por completo, para ser ouvido do inicio ao fim como se contasse uma historia. Quando ouvimos uma musica simplesmente temos apenas a apreciação de um fragmento desta.
ouça:

Red Album


Lançado em 1969 este é o segundo disco do Grand Funk Railroad, ainda bem pesado bem Soul e bem Blues.
Com riffs marcantes e a cozinha arrasadora, o disco entrou pra história, a capa já mostra bem o que era a banda ao vivo, e o disco conserva esta essência.
Got this thing on Move, Mr. Limousine Driver, Please Don't Worry e High Falootin'Woman são o lado A do disco e a parte Rock-Soul Blues.
Já pra quem gosta das viagens ao estilo anos 70 eu recomendo o lado B. In Need e o fantástico timbre saturado do baixo de Mel que com a bateria de Don transformam a cozinha numa locomotiva. Paranoid o destaque fica para a voz e a guitarra de Farner.
E claro como todo bom disco tem que fechar com chave de ouro, Inside Looking out demostra bem os solos de gaita e guitarra de Farner, e a cozinha bem pulsante e marcada entre Mel e Don

Dica ouça bem alto.

Músicas:
01-Got This Thing On Move
02-Please Don't Worry
03-High Falootin'Woman
04-Mr.Limousine Driver
05-In Need
06-Winter and in My Soul
07-Paranoid

On Time



Misture uma guitarra distorcida com os acordes triádicos, uma batreia pulsante e um baixo bem melodioso e marcante aos melhores vocais Soul que já ouviu e vai ter o Grand Funk Railroad.

Este é o 1º disco do trio americano lançado em 1969 depois de tocarem no tumultuado Atlanta Pop Festival (aquele em que os Hell Angels mataram uma pessoa durante o show dos Stones).

No ano certo para este tipo de rock o trio se deu muito bem, com letras falando de paz, amor, revolta e mulheres.Mas sem a música ficar pra trás.

O disco abre com Are You Ready? que é bem a cara do disco, um rock soul com os dois pés no blues.
Time Machine quase engana com o inicio pesado da guitarra, mas quando a música voltase para o bles e Mark começa a cantar é impossivel ficar com o pé parado.
T.N.U.C. é exatamento o exemplo que falei das linhas de baixo de Mel Schascher que me encantam.
Into the Sun é outra em que a introdução cria um clima que se quebra com o Groove maravilhoso em seguida.
Heartbreaker um de seus "Hits"é uma belíssima balada épica, com os vocais diginos do Grand Funk.


Músicos:

Mark Farmer: Guitarra, Gaita e Voz
Don Brewer: Bateria e Voz
Mel Schascher: Baixo


On Time 1969

01-Are You Ready?
02-Anybody Answer
03-Time Machine
04-High on a Horse
05-T.N.U.C.
06-Into The Sun
07-Heartbreaker
08-Call Yourself a Man
09-Can't Be Too Long
10-Ups and Downs

Yezda Urfa Sacred Baboon


Pra quem gosta de Emerson Lake and Palmer, Yes e Gentle Giant, eu indico Yezda Urfa.Apenas com dois discos lançados esta banda americana de Rock progressivo surpreende na virtuose de seus membros(principalmente o baterista) multi-instrumentistas.



Músicos:
Brad Christoff: bateria, percussão
Phil Kimbrough: teclado, mandolin, sopros, vocal
Mark Tippins: guitarra, vocal
Marc Miller: baixo, violoncelo, marimba, vibrofones, vocal
Rick Rodenbaugh: vocal




Download:


http://www.4shared.com/rar/5rV5WcVV/Yezda_Urfa_-_Sacred_Baboon__19.html?

Músicas:
1-Give 'em some rawhide Chewes
2-Cancer of The band
3-Tota In The Moya
4-Boris and his Three Versers
5-Flow Guides aren't My bag
6-(My Doc Told Me I had) Doggie Head
7-Three Almost Four, Sis, Yea

Tribute to Muddy Waters



Paul RodgersMuddy Waters Blues- A Tribute to Muddy Waters


Poucos discos tributo conseguem ser tão fiéis e apresentar novidades como este. Muddy é um grande compositor e suas letras músicas e frases empolgam qualquer um que toque, netse disco Paul Rodgers deixa isso bem claro com suas interpretações, e não por menos ainda chamou uma constelação pra tocar, Jason Bohan,Brian May, David Gilmour, Buddy Guy, Jeff Beck, Slash, Ritchie Sambora, são só alguns que tocam neste disco.

Destaco a faixa de abertura, unica composição de Rodgers"Muddy Waters Blues", um som bem ao estilo Mississipi, com ótimos vocais femininos ao fundo, "Lousiana Blues"abre a secção pesada do disco, em "I Can't Be Satisfied" a frase classica de Muddy(original ao slide) é muito bem trabalhada."She's Alright"é uma das minhas favoritas, com um otimo frase no refrão e na base.Em "Standing Around Cryn" o solo de Gilmour ja vale a compra do disco, mas não por menos é uma das faixas em que Rodgers melhor canta."The Hunter" é Slash que mostra sua vez, gostei muito pois ele não abusa da distorção deixando uma guitarra limpa bem a frente do som."I'm Ready" não precisaria nem colocar na ficha técnica quem é o guitarrista, pois seu solo é o estilo que o consagrou.





Paul Rodgers Muddy Waters Blues-A Tribute To Muddy Watres

01Muddy Waters Blues(acustic Version)-w/Buddy Guy

02-Lousiana Blues-w/Trevor Rabin

03-Can't Be satisfied-w/Brian Stezer

04-Rollin Stone-w/Jeff Beck

05-Good Morning Little School Girl(part 1)-w/ Jeff Beck

06-Hoochie Coochie Man-w/Steve Miller

07-She's Alright-w/Trevor Rabin

08-Standing Round Crying-w/David Gilmour

09-The Hunter-w/Slash

10-She Moves Me-w/Gary Moore

11-I'm Ready-w/Brian May

12-I Just Want To Make Love To You-w/Jeff beck

13-Born Under a Bad Sign-w/Neal Schon

14-Good Mornig Little School Girl(part2)w/Ritchie Sambora

15-Muddy Waters Blues-w/Neal Schon

A Todo Vapor


Gal Costa já era conhecida por seus sucessos tropicalistas em 1972 quando estreou seu mais marcante show: Gal Fatal - A todo vapor. Então Gal Costa era uma cantora revolucionária, de atitudes fortes e contestadoras, além de repertório de vanguarda.
O álbum duplo é resultado das gravações da histórica temporada do show no Teatro Tereza Raquel (Rio). Sem maquiagens posteriores, traz ruídos e falhas do improviso ao vivo. A certa altura o violão cai de seu banco e a cantora se desculpa com a platéia. O acidente, hoje clássico, entrou para a história.
Musicalmente Gal a todo vapor seguia a cartilha tropicalista. Misturava a tradição de Ismael Silva, Geraldo Pereira e do folclore baiano com a vanguarda de Caetano, Jorge Ben e Wally Salomão passando pela suposta alienação da Jovem Guarda de Roberto e Erasmo. As influências iam desde a voz contida da bossa de João Gilberto até as guitarras distorcidas à la Jimi Hendrix.
Nesse show Gal Costa lançou o então desconhecido Luiz Melodia com sua clássica Pérola negra além de Vapor barato, de Jards Macalé e Waly Salomão, logo elevado a hino hippie.
O show era todo comportamental, registro de um verdadeiro grito de uma época. Várias músicas faziam referência ao momento político. O disco termina com Luz do sol, de Carlos Pinto e Wali. Gal grita que quer ver de novo a luz do sol enquanto a ditadura censurava peças e músicas e mandava para o exílio seus artistas.
Gal fatal - a todo vapor foi relançado em CD diversas vezes pela Universal, inclusive algumas com a capa adulterada. Mas ainda fica faltando uma tiragem mais caprichada, com as fotos do encarte e informações históricas. A importância desse trabalho merece.

fonte: camavoadora.blogspot.com


Músicos:
Gal Costa: Voz e violão
Guitarra: Lanny Gordin
Baixo: Novelli
Bateria: Jorginho
Tumba: José Roberto (Baixinho)
Arranjos: Lanny Gordin
Produção: Roberto Menescal
fonte: discosdobrasil.com.br

Download http://www.4shared.com/file/38748842/45da80f6/Gal_Costa_-_Fatal.html?s=1





Músicas:

1-Dê um rolê (Morais - Galvão)
2-Pérola negra (Luiz Melodia)
3-Mal secreto (macalé - Wali)
4-Como 2 e 2 (Caetano Veloso)
5-Hotel das estrelas (Macalé - Duda)
6-Assum preto (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
7-Bota a mão nas cadeiras menina (folclore baiano)
8-Maria Bethânia (Caetano Veloso)
9-Chuva, Suor e Cerveja(Caetano Veloso)
10-Luz do sol (Carlos Pinto - Wali)
11-Fruta gogóia (folclore baiano)
12-Charles anjo 45 (Jorge Ben)
13-Como 2 e 2 (Caetano Veloso)
14-Coração vagabundo (Caetano Veloso)
15-Falsa baiana (Geraldo Pereira)
16-Antonico (Ismael Silva)
17-Sua estupidez (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
18-Fruta gogóia (folclore baiano)
19-Vapor barato (Macalé - Wali)

Burglar 1974


Lançado em 1974 este é um dos discos mais fantásticos de Freddie King, próximo a sua morte um ano depois.Muito bem funkiado e uma banda que impressiona.Os destaques vão para a faixa de abertura 'Pack It Up'que anuncia o tom do disco;"My Credit Didn't Go Through"pela ótima base e backins,"I Got the Same Old Blues" adoro esta letra; "Texas Flyer"que Groove!;a instrumental "Pulp Wood" e as baladas "She is a Burglar"e "I Had a Dream".

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Faixas

1-Pack It Up
2- My Credit Didn't Go Through
3-I Got the Sae Onld Blues
4-Only Getting Second Best
5-Pulp Wood
6-She is a Burglar
7-Sugar Sweet
8-I Had a Dream
9-Let Good Times Roll

Blow By Blow


Há tempos que venho buscando "o" disco do Jeff Beck, pois já havia ouvido algumas coisas um pouco bobas e outras bem legais mas nunca um disco como este.
Pra quem acha Beck um guitarrista mediano este disco mata a pau, basta ouvir a 1ª música "I Know What I Mean" e vc vai saber o que ele quer dizer...
Um disco bem funkiado, com uma timbragem fantástica, não só das guitarras mas também dos teclados de Stve Wonder e claro de todo o resto da banda.


Músicos:
Jeff Beck - Guitar, Bass
Max Middleton - Keyboards
Stevie Wonder - Keyboards (un-credited in 2001 CD liner notes)
Phil Chen - Bass
Richard Bailey - Drums, Percussion
George Martin - Producer, String Arrangements
Vic Anesini - Mastering
Denim Bridges - Engineer
Steven Saper - Engineer




Faixas:


01-"You Know What I Mean" (Jeff Beck, Max Middleton) – 4:05
02-"She's a Woman" (John Lennon, Paul McCartney) – 4:31
03-"Constipated Duck" (Beck) – 2:48
04-"Air Blower" (Beck, Phil Chen, Middleton, Richard Bailey) – 5:09
05-"Scatterbrain" (Beck, Middleton) – 5:39
06-"Cause We've Ended as Lovers" (Stevie Wonder) – 5:52
07-"Thelonius" (Stevie Wonder) – 3:16
08-"Freeway Jam" (Middleton) – 4:58
09-"Diamond Dust" (Bernie Holland) – 8:26